“Queremos ajudar as crianças a alcançarem uma carreira…”

Tem sido uma das nossas bandeiras, com o apoio da Junta de Freguesia que nos tem ajudado muito para conseguirmos realizar este objectivo. Este projecto surgiu em 2013 para tentar que tivéssemos mais atletas como o Ivo Santos, um surfista da Cova do Vapor, que chegou a correr no circuito nacional com o apoio da ASCC. O nosso objectivo é tentarmos ajudar cada vez mais crianças a terem o sonho de alcançarem uma carreira no surf”, explica o presidente do clube.
No entanto, “é importante sentirmos que eles querem realmente praticar este desporto. Foi o que sucedeu este ano e as crianças tiveram mais aulas continuamente, ou seja, não foi uma passagem rápida pelo desporto, foi uma possibilidade de ficarem mais do que um mês a praticarem. Assim, conseguimos detectar alguns talentos na Costa que provavelmente num futuro próximo podem vir a dar cartas”.
Actualmente, é proporcionada a numerosas crianças a pratica de surf todos os dias, em que um dos maiores desafios neste campo é descobrir “atletas da Costa de Caparica que possam desenvolver uma carreira”, salienta Miguel Gomes.
Este projecto de cooperação está inserido no ASCC Surf Project, cujo responsável pela formação é o Pedro Carvalho.

SEDE PRÓPRIA
Com 24 anos de existência, a ASCC aspira ter uma sede própria, preferencialmente localizada na praia. “Um espaço para mostrar os nossos troféus, imagens de surfistas que marcaram a história da Caparica, um local para reunir pessoas em torno do surf e, acima de tudo para que a Costa de Caparica nunca seja esquecida”.
Por enquanto, a ASCC conta com uma sede provisória que será apresentada em breve, cedida gentilmente pelo restaurante “O Marcelino”. O sonho, esse, ainda se encontra por concretizar. “A única pessoa que revelou boa vontade de concretizar este nosso objectivo foi o presidente da Junta de Freguesia, que nos ajudou com verba para construirmos a sede provisória. Temos património, temos taças, temos imagens que gostávamos que ficassem eternamente registadas num espaço físico. Queremos criar condições para que os próximos surfistas conheçam a história do nosso clube e que tenham orgulho de ser da Costa de Caparica e, quem sabe, um dia termos um campeão do Mundo”.

ATLETAS DE RENOME

A ASCC é actualmente “o maior clube de Portugal, com o maior número de federados”. Miguel Gomes acredita que “o futuro do surf nacional passa muito pela Costa de Caparica” e a isso não é alheio o facto de que “temos os melhores atletas júniores, como o Afonso Antunes, a Mafalda Lopes, a Inês Bispo, o Joaquim Chaves e o Martim Paulino, entre outros atletas novos. É com orgulho que vemos que o surf na Caparica veio para ficar e que estamos cada vez mais fortes”.
Longe está a década de 80, quando um grupo de amigos que surfava na praia do Marcelino que mais tarde esteve na génese da ASCC. “O clube entretanto cresceu muito, ganhámos várias taças de Portugal e vários campeonatos nacionais de clubes.
Pela ASCC passaram numerosos surfistas que actualmente fazem parte de organizações desportivas, como o Francisco Spínola, responsável pelos campeonatos mundiais de surf em Portugal, o Francisco Rodrigues, que é o actual presidente da ANS, o João Antunes, três vezes campeão nacional, e o Justin Mujica, campeão europeu…enfim, temos uma série de atletas que marcam não só a nossa história mas também a história da Caparica”.
“O nosso objectivo – salienta o presidente da ASCC – acima de tudo, é afirmar o nome da Caparica a nível nacional e internacional, temos praias com qualidade, atletas com qualidade e muita vontade de voltar a pôr a Caparica no mapa. Em tempos fomos considerados ‘o pote de ouro do surf’ e o objectivo é voltarmos a conquistar esse título para a Costa, o que de resto já está a acontecer”.
Miguel Gomes termina com um “agradecimento aos nossos patrocinadores, que acreditam no nosso trabalho, e ao nosso presidente José Ricardo, que tem sido um apoio super-forte no regresso do nosso clube. Está sempre disponível para ajudar, quer seja na Taça de Portugal, quer no apoio aos nossos campeonatos. O agradecimento também à Câmara de Almada pelos licenciamentos necessários”.